sexta-feira, 1 de abril de 2011

GRES Reino Unido da Liberdade - Carnaval 2007


Enredo: Minha Terra tem Ópera onde Canta a Natureza

No dia 14 de abril de 2006, o Portal Amazônia publicava uma matéria intitulada “Festival Amazonas de Ópera completa dez anos e faz retrospectiva”:

O cineastra Werner Herzog, o escritor Júlio Verne e o ex-presidente do Brasil, Juscelino Kubischeck, ficaram famosos por tratar o impossível como realidade.

Herzog filmou “Fitzcarraldo”, em 1981, sobre a saga de um visionário alucinado que entra na Amazônia para ouvir Enrico Caruso num teatro no meio da selva.

Verne levou milhares de pessoas a uma viagem fantástica de 80 dias ao redor do mundo a partir de 1872, sendo considerado o pai da ficção científica, enquanto JK construiu Brasília, uma obra visionária nos anos 50, no meio de barro e floresta, onde antes não havia nada.

Há uma década também era impossível imaginar que o mesmo Teatro Amazonas, após um silêncio inexplicável de 90 anos, voltasse a produzir e montar óperas, motivo pelo qual nasceu em 1881 e foi inaugurado, oficialmente, em 1886.


Mas sonhos impossíveis podem ser reais, tanto quanto o Festival Amazonas de Ópera, que chega à 10ª edição este ano, uma prova de que se pode mover montanhas na arte e que há criações que nascem condenadas a ser grandes.

“O espetáculo levou Manaus ao status de primeira cidade em produção lírica do Brasil e hoje está entre os dez mais importantes do mundo”, comenta o maestro titular da Filarmônica, Luiz Fernando Malheiro.

O festival, nos últimos anos, transformou-se no maior evento do gênero da América Latina, acontecendo sempre nos meses de abril e maio, contando com os sons e vozes da orquestra Amazonas Filarmônica, Coral do Amazonas, Orquestra Jovem da Floresta Amazônica, corpos estáveis, grupos do Centro Cultural Cláudio Santoro, Corpo de Dança do Amazonas, entre inúmeros outros artistas e figurantes.


Em 1997 o Teatro Amazonas abriu suas portas para uma longa e frutífera temporada de clássicos, realizando a primeira edição do evento, de 5 a 21 de abril, com três montagens – “Carmem” (Georges Bizet), “La Traviata” (Guiseppe Verdi) e “O Barbeiro de Sevilha” (Gioacchino Rossini) –, com a orquestra e o coral do Teatro Bolshoi de Minsk e o Coro Sinfônico do Amazonas.

Os solistas, regentes e produtores da estréia do festival eram em sua maioria estrangeiros, principalmente russos, suíços e argentinos, e do eixo São Paulo e Rio de Janeiro.

A produção foi assinada pela Fine Artists International Management, Governo do Estado e Secretaria de Cultura (SEC), sendo a criação do espetáculo idéia do violinista e empresário alemão Michael Jelden.

“No festival conseguimos reunir o fascinante mundo da ópera com uma das maiores maravilhas naturais da Terra – a floresta amazônica –, tendo como resultado algo extraordinário, cultural e social”, disse Jelden, à época da 2ª edição, em 1998.


Nos primeiros anos foi feito um esforço para melhorar a orquestra e profissionais da Rússia, Bulgária e Bielo-Rússia foram recrutados. Os europeus do leste também ensinavam no conservatório local, o Cláudio Santoro, e muitos artistas visitantes davam aulas para os jovens da cidade, que se preparavam para a carreira de técnicos, músicos e bailarinos.

O trabalho deu frutos e na 10ª edição uma ópera será montada praticamente com 100% do elenco local: “Gianni Schicchi”, de Puccini, que será encenada nos dias 13 e 14 de maio, no Largo de São Sebastião.

Com exceção do carioca Manuel Álvares, o restante do elenco é do Amazonas. No geral, este ano, nos palcos estarão se revezando 20 solistas brasileiros, dez estrangeiros e 20 amazonenses.

Fazer ópera continua sendo um desafio, como em qualquer outro tempo e lugar.


Fazer ópera em Manaus é um atrevimento, que rende o prazer de descobrir o belo e o mágico; todas as nuances, cores e as mais arrebatadoras representações do céu e do inferno, além dos extremos da fantasia humana e seus sentimentos.

Nas récitas, as diversas platéias – 700 pessoas no Teatro Amazonas ou milhares no anfiteatro da Ponta Negra ou no Largo de São Sebastião – podem assistir às encenações que tratam da vida de homens e mulheres, desde os mais simples até os reis e deuses.

Porque é na ópera que o ser humano reúne todas as suas artes, o sonho e a esperança.


Inovações

O Festival Amazonas de Ópera, além da própria grandiosidade, tem como característica, numa década, inovar conceitos, criar fórmulas e novas formas de comunicação, esbanjando criatividade desde as obras tradicionais até as pouco executadas.

Logo no segundo ano, em 1998, foi montada pela primeira vez, publicamente, a récita “Alma”, do compositor brasileiro Cláudio Santoro.

O papel-título da jovem prostituta ganhou a voz de Rosana Lamosa, com direção musical de Nivaldo Santiago.

No ano de comemoração dos 500 anos do Descobrimento do Brasil, em 2000, a abertura da 4ª edição contou com um show na Ponta Negra, uma versão de “Il Guarany”, de Carlos Gomes.


No ano seguinte, na 5ª versão do festival, Manaus recebeu duas récitas de São Paulo e do Rio de Janeiro: “La Bohème” (Giacomo Puccini), que foi apresentada no paulista Teatro Alfa, e “A Ópera dos Três Vinténs” (Kurt Weill e Bertolt Brecht), encenada no carioca Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

“Os Três Vinténs” inaugurou o Teatro da Instalação, no Centro da capital amazonense.

“Manon”, que desde a década de 60 não era montada no Brasil, foi encenada em 2001, exclusivamente para o evento.

Inovação e modernidade são palavras que definem bem o 7º Festival Amazonas, que levou o concerto “Cavalleria Rusticana” para o ar livre, na praça de São Sebastião, e produziu “Zap – O Resumo da Ópera”, no Teatro da Instalação, usando linguagens contemporâneas do mundo moderno – celular, projeção e afins.

Também foi em 2002 que começou a ser apresentado o “Anel de Nibelungo”, o trabalho mais famoso e complexo de Richard Wagner, com “A Valquíria”.

O ciclo de quatro partes foi completamente produzido e apresentado dois anos depois, na 9ª edição, pela primeira vez no Brasil.

Mais uma vez, com o fantástico mundo de Wagner, com gnomos e gigantes no frio rio Rheno, Manaus entrou para a história lírica nacional, fazendo algo absolutamente extraordinário.

História

O 2º Festival Amazonas ocorreu de 9 a 26 de abril de 1998, sendo ampliado além dos recitais, ganhando espetáculos de música sinfônica, balé e jazz, com produção da Fine Artists International Management, Governo do Estado, SEC, Funarte, Ministério da Cultura e patrocínio da Mercedes-Benz do Brasil.

Com o patrocínio, dezenas de crianças e adolescentes receberam ingressos para o espetáculo e “Tosca”, de Puccini, foi montada ao ar livre, gratuitamente, no anfiteatro da Ponta Negra, com direção musical de Mario Perusso.

A produção foi cedida pelo teatro argentino de La Plata e seu diretor, José Meliá.


Neste ano também foram feitas “A Viúva Alegre”, de Ferenc Léhar, com regência de Urs Schneider, e “Alma”, de Cláudio Santoro.

A programação ainda contou com concertos de jazz com Airto Moreira e os alemães Cora Frost e Klaus Kreuzeder em uma apresentação do balé clássico de São Petersburgo.

Em 1999, a São Paulo ImagemData realizou sua primeira versão do Festival Amazonas de Ópera, com direção geral de Cleber Papa e produção de Rosana Caramaschi, de 27 de abril a 15 de maio.

O 3º evento nasceu da proposta de apresentar o gênero operístico por meio da tragédia, com “Madama Butterfly”, de Puccini, com a voz da soprano Eliane Coelho; da comédia de “L’ Elisir D’Amore” (Elixir de Amor), de Gaetano Donizetti, com a soprano Claudia Riccitelli e o tenor Eduardo Itaborahy; e da ópera barroca, com “Pimpinone” (intermezzo), de Georg Philipp Telemann.

Concerto na Ponta Negra, ciclo de cinco palestras e dois recitais, um em homenagem a Cláudio Santoro, e outro com Gail Gilmore (EUA), cantando “Arien, Lieder, Spirituals und Gospels”, completaram a programação do ano.


Em 2000, a São Paulo ImagemData produziu o 4º Festival, de 23 de abril a 25 de maio, deixando de participar das versões subseqüentes.

As óperas montadas foram “Il Guarany”, de Carlos Gomes; “La Voix Humaine”, de Poulenc, e “Carmem”, de Bizet, ambos na voz da solista Céline Imbert; e “Le Nozze de Figaro (As Bodas de Fígaro)”, de Mozart.

A produção contou ainda com um concerto “Cenas de Ievgueni Onieguin”, de Tchaikowsky, e o recital “Encontros na Ópera”.

Um ensaio lírico regional foi feito com “Boi de Pano”, de Francisco Cardoso, com cantores locais contando a história de Catirina e Pai Francisco em versão operística.

No elenco estavam Lucilene Castro, Zezinho Corrêa, Ednelza Sahdo, Klinger Araújo e Tony Medeiros.


De 22 de abril a 26 de maio de 2001, Manaus realizou o 5º Festival Amazonas com sete espetáculos na programação.

Nesta edição, o público deu show de comparecimento, lotando teatros e a Ponta Negra para assistir concertos e as récitas “Manon”, de Jules Massenet; “A Ópera dos Três Vinténs”, de Kurt Weill e Bertold Brecht; “La Bohème”, de Puccini; e “A Flauta Mágica”, de Mozart.

Entre os cantores famosos, nomes como Rosana Lamosa, Paulo Szot, Pepes do Valle e Inácio de Nonno.


Um novo marco acontece a partir do 6º Festival, em 2002, quando é montada “A Valquíria”, provando que dá para fazer Wagner no Brasil, com orquestra e cantores nacionais.

O segredo é ter um Teatro Amazonas, um maestro como Luiz Fernando Malheiro e um elenco de qualidade, com Eduardo Álvares vivendo um Siegmund de classe, ao lado de Pepes do Valle como Hunding, e da intensa Sieglinde de Laura de Souza, todos com dicção alemã impecável.

Mas além das vozes, nesta edição o que impressionou também foi o palco, criado pelo britânico Aidan Lang, em formato de pentágono inclinado.


No programa ainda foram apresentados “Cavalleria Rusticana”, “Zap – O Resumo da Ópera”, com Marcelo Tas, “Don Giovanni”, de Mozart, e “Condor”, de Carlos Gomes, além de três concertos.

Os apreciadores de espetáculos de alto nível puderam agendar a 7ª edição do Amazonas de Ópera, realizado de 24 de abril a 29 de maio de 2003.

A novidade do ano foi a encenação da ópera “Pagliaci”, de Ruggero Leoncavallo, no interior, em Itacoatiara.

A programação incluiu as récitas “Siegfried”, de Wagner; “Canções de Amor”, recital de canto e piano; trechos da ópera “Florência em el Amazonas”, do compositor mexicano Daniel Catan; “Romeu e Julieta”, sinfonia de Hector Berlioz; e “La Cenerentola” (A Cinderela).

De inovação, o festival exibiu, pela primeira vez no Brasil, “Magdalena”, de Heitor Villa-Lobos, que foi escrita para o teatro da Broadway.

Uma récita de “Aida”, de Verdi, abriu o 8º Festival Amazonas de Ópera, dia 21 de abril de 2004.

O evento se estendeu até 28 de maio, com nove espetáculos, incluindo “Crepúsculo dos Deus”, de Wagner, a última ópera do Ciclo do Anel, até então inédita com produção brasileira.

Outro destaque do ano foi “Norma”, de Bellini, e a ópera regional “A Lenda do Guaraná”.


Também foram apresentados “A Flauta Mágica”, de Mozart, ao ar livre; e os concertos “Pierrot Lunaire/ Noite Transfigurada” e “Stabat Mater”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve em Manaus para a abertura da edição.

Ano passado, na 9ª edição, de 23 de abril a 31 de maio, pela primeira vez no País foi montado o “Anel do Nibelungo”, de Wagner – “A Valquíria”, “Siegfried”, “Crepúsculo dos Deuses” e “Ouro do Reno”, somando mais de 20 horas de espetáculo.

Para poder mudar o cenário e o palco do Teatro Amazonas, em menos de 24 horas entre a exibição de uma récita e outra, a produção da versão contou com uma equipe de cem homens.

Novamente a dobradinha Luiz Fernando Malheiro e Aidan Lang funcionou com maestria.


Completaram a programação “O Barbeiro de Sevilha”, de Mozart, “Dessana, Dessana”, de Márcio Souza, e “Carmina Burana”, de Carl Orff, na sua “Cantata Profana”, que lotou o Centro Cultural Povos da Amazônia.


O GRES Reino Unido da Liberdade resolveu homenagear os 10 anos de ópera do Teatro Amazonas.

O samba enredo só foi conhecido após seis eliminatórias realizadas na quadra da escola.



Samba-enredo: Minha Terra tem Ópera onde Canta a Natureza

Compositores: Mingau e Sodré

Intérprete: Wilsinho de Cima

Veja como é lindo
Minha coroa girar
Eu sou verde e branco
Vou cantar
Reino Unido na avenida
É a mais pura emoção
Que faz bater mais forte
O coração
Desperta
Ao som do canto da floresta
Sob a batuta do maestro
O gorjear do uirapuru
Teu nome é luxo
Teatro seduziu
É o templo da cultura
Belle époque do Brasil
Quem não se emocionou
Não pode nem imaginar
A cigana e suas flores
Uma vida dois amores
Na minha paixão que fez chorar
Hoje eu quero é gargalhar (quá, quá, quá)
A lua saiu pra te ver (pra te ver!)
Essa noite enovela
Minha deusa na janela
Vou cantar só pra você!
Pranto
Quem vê as cores do poema
A nossa vida entra em cena
Coisas curtidas e de bon sabir
Vem, vem viajar nessa magia
Ao som de lindas melodias
De um grande compositor
Iluminado pelas mãos do Criador
É Peri, é Ceci, é Guarani
No teatro, vem sambando
Hoje o povo te exalta:
É minha escola sob as luzes da ribalta!


Com fantasias luxuosas, cinco carros alegóricos impecáveis e 3,5 mil brincantes eufóricos, a agremiação levou para o Sambódromo os elementos mais conhecidos das principais óperas exibidas no festival.

A escola do Morro fez um desfile impecável, apesar do final de desfile tenso para não estourar o tempo.


Os carros alegóricos estavam deslumbrantes, a animação dos foliões era de tirar o fôlego de quem acompanhava o desfile das arquibancadas, Wilsinho de Cima deu um verdadeiro show de bola e a safra de mulheres bonitas era de tirar qualquer um do sério.


O GRES Reino Unido da Liberdade deixou o Sambódromo com toda pinta de ser o grande campeão do desfile.

Para o presidente Jairo Beira-mar, o título era uma questão de favas contadas.

“Ninguém empolgou tanto a arquibancada quanto a gente!”, explicou. “Pra algum jurado tirar um décimo, que seja, do nosso desfile, ele vai ter que explicar muito bem explicado sob pena de a gente nunca mais participar do carnaval de Manaus”.

O GRES Mocidade Independente de Aparecida homenageou o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) com o enredo “Um prato cheio de amor, que alimenta a alma, o coração e a mente”.

A escola contou com a presença de seis mil brincantes e cinco carros alegóricos belíssimos, que ajudaram a contar o enredo da escola.

O figurino da Aparecida foi criado pelo parintinense Estevão Santos, uma das grandes revelações entre os novos aderecistas do Festival de Parintins.


O GRES Balaku-Blaku desfilou com o tema “Um fenômeno chamado Calypso”, que ganhou o público e a avenida do samba no sábado, dia 17 de fevereiro.

O carnavalesco da escola homenageou o Grupo Calypso, a banda que se tornou uma grande revelação nacional e fez parte do desfile da Balaku-Blaku.

Cerca de três mil brincantes deram brilho ao desfile da escola, que contou com a participação de Joelma e Chimbinha, corda e caçamba da famosa banda paraense.


O GRES Grande Família apresentou cinco carros alegóricos de muito luxo para desenvolver o tema “Coari – o tesouro que Cabral não viu”, contando com a presença de 3,8 mil brincantes.

O GRES Mocidade Independente do Coroado escolheu o tema “Parintins – de janeiro a janeiro, alegria e arte o ano inteiro”, cujo samba-enredo foi um dos mais cantados pela multidão que lotou o Sambódromo.

O desfile da escola contou com a participação de 3,8 mil pessoas e quatro carros alegóricos.

O GRES Sem Compromisso abriu o desfile de 2007 com o tema “Habitantes da noite nos quatro cantos da lua”, baseado no livro de Aníbal Beça.

Ela desfilou com quatro carros alegóricos, 29 alas e 2,5 mil foliões.

O GRES Vitória Régia desenvolveu o tema “Na fonte que canta nasce a água encantada”, que conta a história do Rio Amazonas.

Quatro carros alegóricos e quatro mil brincantes fizeram a festa no Sambódromo.

O GRES Unidos do Alvorada utilizou o enredo “Rio Preto da Eva, do Jardim do Éden ao Paraíso da Selva”.

A escola desfilou com aproximadamente três mil brincantes muito animados.

Após a apuração das notas dos 36 jurados, “A Grande Família” ganhou o título de campeã do carnaval 2007 de Manaus somando 178,0 pontos.

Foi uma absoluta surpresa, já que as apostas do público estavam divididas entre Reino Unido, Aparecida e Vitória Régia.

A escola do bairro de São José levou para o sambódromo o enredo “Coari, um Brasil que Cabral não viu”, da carnavalesca Islene Botelho, onde relatava que supostamente Pedro Alvares Cabral teria quebrado fronteiras, aportado na Amazônia e descoberto as riquezas da terra do gás natural.


Em segundo lugar ficou a Reino Unido da Liberdade, com 177,35 pontos, seguida pela Vitória Régia, em terceiro, com 177,3 pontos – uma diferença de cinco milésimos!

A Mocidade do Coroado ficou na última colocação, com 170 pontos, e, conforme determinava o regulamento, teria que desfilar no Primeiro Grupo em 2008, sendo substituída no Grupo Especial pela Presidente Vargas, vencedora do grupo de acesso daquele ano.

Inconformado, o presidente da Reino Unido, Jairo Beira-mar peitou os dirigentes da Associação do Grupo Especial das Escolas de Samba de Manaus (Ageesma).


“Eu gostaria de saber o critério que leva um julgador a dar nota 10 para a bateria da minha escola e o outro dar nove, uma diferença de um ponto!”, detonou Jairo Beira-mar. “E também gostaria de saber porque um jurado deu 10 no quesito Harmonia e o outro deu 9,75. Que merda foi que ele percebeu para nos tirar 0,25 pontos?”

Na época, dois jurados julgavam cada um dos 15 quesitos colocados em disputa.


O carnavalesco Shangai, do GRES Beija-Flor de Nilópolis, e Jairo Beira-mar

“Se forem mantidos essa quantidade de julgadores e esses quesitos confusos, a Reino Unido não vai desfilar no próximo ano!”, detonou Jairo Beira-mar. “E nós vamos procurar a imprensa para denunciar a jogatina política que se esconde por trás do carnaval de Manaus”.

O petardo tinha um destino certo. O patrono do GRES “A Grande Família” era o deputado estadual Sinésio Campos (PT), reeleito pela terceira vez e líder do governo na ALE.

O título dado à bonita escola de São José parecia um acerto de contas entre o deputado petista e o governador reeleito Eduardo Braga.

Os diretores da Sem Compromisso e da Vitória Régia repercutiram as denúncias da Reino Unido. A chapa começou a ferver.



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