quarta-feira, 6 de abril de 2011

GRES Reino Unido da Liberdade - Carnaval de 1983 a 1985


Nego da Grande Rio (de costas) e Zé Picanço no Pagode do Reino

O terceiro lugar conquistado pelo bloco Reino Unido da Liberdade em seu primeiro desfile foi muito comemorado pela comunidade do Morro.

Afinal de contas, o bloco havia feito um belíssimo carnaval e perdido apenas para duas autênticas escolas de samba – tanto que, no ano seguinte, os blocos Andanças de Ciganos e Sem Compromisso foram intimados pela Emamtur a desfilarem pelo grupo especial.

A diretoria decidiu que já estava na hora de suspender os ensaios no meio da rua e ter um espaço próprio, com um mínimo de conforto para os brincantes.

Depois de muito pesquisar, o presidente Pirulito conseguiu alugar um terreno baldio, em uma das ruas do Morro.

O pequeno terreno, na época, funcionava como depósito de entulhos e estava tomado pelo mato.

A comunidade inteira se movimentou para realizar um verdadeiro mutirão de limpeza, e, em menos de duas semanas, lá estava o espaço onde se realizariam os trabalhos do carnaval de 1983.

O mutirão serviu para aproximar ainda mais os moradores do bairro.

Pessoas de idade, que há muito tempo não saiam de suas casas à noite pelo medo da violência urbana e, em parte, pela má fama adquirida pelo Morro, já começaram a participar das programações musicais que aconteciam nos finais de semana.

As animadas rodas de samba contribuíram para pacificar as incipientes “galeras” de pivetes existentes no bairro e começaram a atrair pessoas dos mais distantes locais da cidade.

Para o desfile daquele ano, o bloco decidiu contar e cantar a história de um dos maiores pintores de nossa terra. O tema escolhido foi “Moacir Andrade, do Amazonas para o mundo”.


Nascido em Manaus, em 1927, Moacir Andrade é artista plástico, desenhista, professor e escritor. Na arte da pintura, iniciou-se como autodidata, e no desenho, profissionalizou-se estudando na Escola Técnica Federal do Amazonas (ETFA).

Moacir Andrade expôs seus primeiros desenhos e pinturas no Liceu Industrial, em 1941, e, mais tarde, no Ideal Clube, sob os auspícios do Clube da Madrugada, agremiação literária que ajudara a fundar. A partir daí não parou mais.

Moacir participou de exposições na Biblioteca Pública do Amazonas (Manaus, 1956), no Museu de Arte Moderna (São Paulo, 1958), na Galeria Montmartre (Rio de Janeiro, 1959), na Galeria do Hotel Nacional (Brasília, 1965), no I Salão de Artes Plástica da Universidade Federal do Pará (1965), no I Salão de Arte Moderna de Manaus (década de 60), nas universidades americanas de Knoxville, Nashville, Union City, Jackson, Memphis e na Sala dos Representantes do Tennessee, no Congresso Nacional, em Washington (EUA, 1968).

A convite da Fundação Cultural Brasil-Japão, expôs em Tóquio, Osaka, Nara e Hiroshima (Japão, 1974).

Ele também atuou em iniciativas culturais importantes como a organização e criação da Pinacoteca do Estado do Amazonas (1965), da qual se tornou seu primeiro diretor, e a criação do Museu Moacir Andrade, sob responsabilidade da ETFAM, para onde doou seus acervos particulares.


Figurativo, expressionista ou surrealista, Moacir Andrade retrata os temas amazônicos com paixão, buscando inspiração em suas vivências e em sua origem amazônica.

“O coração de Moacir não é vermelho (...), é, sobretudo verde. Porque é banhado por todos os verdes, os verdes de todas as cores, que os seus olhos de grande artista sabem ver na floresta que ele ama (...)”, escreveu o poeta Thiago de Mello.

O samba enredo, composto por Carlão e Maninho, fazia um belo resumo de sua história:

“E foi assim, bons momentos de ternura/ Aprontando travessuras o artista se criou/ E ao ouvir o cantar da passarada/ O luar da madrugada/ Para a arte despertou/ Contagiante carnaval, a Reino Unido vem homenagear/ O talento do artista.../ Moacir, tu és a glória/ Tua arte na pintura enobrece a nossa história...”

Infelizmente, o samba enredo não chegou a ser gravado.

Ao mesmo tempo em que o trabalho no Reino Unido começava a despontar no carnaval amazonense, o GRES Em Cima da Hora, de Educandos, iniciava sua lenta e inexorável decadência.

O presidente da escola, João Batista, começou a se aproximar dos meninos do Morro, contribuindo, com sua experiência, para fortalecer a organização do bloco, dando idéias para as fantasias, as alegorias, as abordagens do enredo e para o próprio desfile, enfim, tornando-se um verdadeiro conselheiro informal do bloco.

Os carros alegóricos do bloco começaram a ser construídos na própria quadra da escola de samba de Educandos.

A organização e a beleza das fantasias sempre foi o ponto forte do Reino Unido e naquele ano não foi diferente.

Logo na concentração, já dava para notar que o bloco queria entrar para disputar o título e começar a enriquecer sua recém-criada sala de troféus.

Era tanta a preocupação com os detalhes, que eles chegaram a distribuir papéis com recomendações a cada um dos integrantes.

Desde o “não beber na avenida” ou “ocupe os espaços em branco”, as recomendações se transformaram em um verdadeiro guia para que cada componente ajudasse o bloco a fazer um desfile tecnicamente impecável.

A garra demonstrada na avenida, entretanto, não foi suficiente para garantir o primeiro lugar na categoria blocos de embalo.

Não que o Reino Unido não tenha se empenhado e se empolgado.

Na verdade, foi o bloco que mais empolgou a platéia no início do desfile, com seus 700 brincantes vestidos de Bobos da Corte, em luxuosas fantasias confeccionadas de lamê verde e branco, que ofuscavam os olhos.

Mas seu concorrente direto, o bloco “Unidos da Ipixuna”, tinha um maior número de carros alegóricos e as fantasias eram feitas de estopa, o que deve ter influenciado os jurados entre premiar o luxo ou o lixo.

O Reino Unido da Liberdade acabou ficando em segundo lugar. O lixo venceu o luxo.

A nova derrota não diminuiu o ânimo dos brincantes.


Raimundinho Dias e Tinta Secante em mais uma roda de pagode no Morro

Após o desfile, os membros da diretoria se reuniram para deliberar sobre as ações sociais que deviam empreender no bairro.

Muitas vezes localizadas em áreas de risco ou em comunidades carentes, os blocos e as escolas de samba sempre foram um lugar de diversão, afastando seus freqüentadores de um cotidiano violento.

Para os jovens moradores dessas áreas, o samba exerce uma grande atração.

Mas infelizmente os ensaios das escolas do samba acontecem apenas no verão.

Então, por que não planejar atividades ligadas ao gênero para crianças e jovens e que durem o ano inteiro?


Ivan Oliveira, Edu do Banjo, Simão Pessoa, Ormando Barbosa e Zé Picanço

Foi pensando nisso que o mestre da bateria, Jairo Beira-mar, tomou para si a incumbência de desenvolver um trabalho educativo a partir de oficinas de percussão.

“A bateria mirim permitiu que o Reino Unido colocasse em prática sua filosofia de usar o samba como educação social. Foi um facilitador para a garotada fazer seu próprio carnaval”, recorda o sambista.

Na oficina de percussão, muitos jovens tiveram contato com os instrumentos da bateria pela primeira vez e não decepcionaram.

“Na nossa oficina era possível obter uma boa formação profissional, o que se mostrou importante para conquistar um lugar no mercado de trabalho”, explica Jairo Beira-mar. “Era uma forma de acabar com a marginalização dos jovens e criar perspectivas para um futuro melhor”.

No dia 12 de outubro de 1983, “Dia das Crianças”, aconteceu a primeira apresentação da bateria mirim, na quadra improvisada da agremiação.

A comunidade do Morro não cabia de orgulho em ver os primeiros ritmistas formados pelo Reino Unido.

A primeira bateria mirim era formada por meninos de até 12 anos.

Entre os pioneiros estavam Julio, Iron, Aldenor, Moisés (“Jaraqui”), Pedro (“Dorminhoco”), Francimar Campos, Rogério Magalhães, Alex (“Falcão”), Mario Jorge (“Feio”), Paulo (“Doido”), Ranier Ferreira (“Roni), Mauro Soares (“Garrafinha”), Welligton (“Índio”), Reinaldo, Arnaldo (“Coinho”), Nelsinho, Reginaldo, Willian Pimentel e Alde, e, como puxador de samba, Francisco (“Chiquinho do Colégio”).

Estes sambistas da nova geração fizeram muito sucesso, tocando em vários pontos da cidade, como no projeto “Vamos Pintar o Sete”, do Teatro Amazonas, que circulou por todos os bairros de Manaus.


Mariolino Brito e Ivan de Oliveira

O radialista Ivan de Oliveira foi o responsável pela inclusão da bateria mirim no projeto.

Depois de estar estruturada, a bateria mirim ficou por um bom tempo sob a responsabilidade de Ananias, tendo passado depois pelas mãos de Nego Dico e de Iron Maciel.

Ao longo desses anos, muitos dos ritmistas da bateria mirim acabaram assumindo seu espaço na bateria principal.

Ainda nesse mesmo ano, a diretoria resolveu comprar, com proposta de financiamento e por meio de empréstimos pessoais levantado entre os brincantes, o terreno onde hoje está localizada a quadra da escola.

A transação não prosperou devido à intromissão de quatro pessoas, que ainda não haviam despertado para o trabalho sério que o Reino Unido estava desenvolvendo.

Os “intrujões” ofereceram uma maior quantidade em dinheiro e a proposta de pagamento à vista, causando com isso um clima de tensão, decepção e sofrimento entre os sambistas – apesar da transação ter acabado não se concretizando.


Nicéias Magalhães, Heraldo Tabosa, Gil Buda e Ismar Machado fazendo o carro abre-alas do bloco na quadra do GRES Em Cima da Hora

De qualquer forma, restou como única alternativa para os brincantes fazerem o carnaval de 1984 novamente na rua.

Foi então que Dona Maria, mãe do Shazan, sentindo o sofrimento, a angústia e a decepção daquele grupo de pessoas, ofereceu sua casa para ser a nova sede provisória do bloco, e o seu arborizado quintal, para palco das promoções daquele ano.

Estimulados pelo episódio e acreditando cada vez mais nas suas raízes, o bloco Reino Unido da Liberdade levou para a avenida o tema “Morro, Bandeira do Samba”, com 800 figurantes e quatro carros alegóricos.

Infelizmente, naquele ano não houve disputa, com todos os blocos sendo considerados campeões.

Foi uma pena, porque o pegajoso refrão “arrasta a sandália, bate o pé no chão, levanta poeira do seu coração” contagiou a platéia e contribuiu para que o samba-enredo, composto por Bosco Saraiva, em belíssimo momento de inspiração, fosse considerado o mais bonito do ano, tanto pela crítica quanto pelo público:



O Morro canta
O Reino Unido está em festa
O Gigante se levanta
A felicidade lhe empresta
O samba veio ninar
Num sonho de liberdade
Embalar em suas mãos
A nossa felicidade
Arrasta a sandália, bate o pé no chão
Levanta poeira do seu coração
E canta pra cidade se alegrar
Quando derem vez ao Morro
Ela também vai sambar
Sorrindo feliz com a nossa canção
Pois no Morro inteiro
Canto e samba é oração
Amor, sou pobre sim, eu sei
No samba sou nobre, meu Morro é rei

O bloco fez um desfile impecável. O samba foi muito bem interpretado e bateria desempenhou belissimamente seu papel.

Se tivesse havido disputa, o Reino Unido teria ficado com o título. Esteticamente, foi o melhor conjunto do ano com folga.

Os brincantes ficaram ainda mais empolgados quando perceberam os torcedores se levantando das arquibancadas e saindo de seus lugares, para acompanhar, do lado de fora do alambrado, os metros finais que faltavam para a conclusão do desfile, como verdadeiros guardiões do samba do Morro.

E, na área de dispersão, todos juntos, brincantes e torcedores, choraram abraçados, pelo magnífico espetáculo apresentado.

Era o trabalho dos meninos do Morro sendo reconhecido pela comunidade.

O crescimento do bloco começou a tirar o sono dos diretores.

Mais do que nunca, era necessário construir uma sede própria não apenas para realizar os ensaios, mas, principalmente, para guardar os instrumentos da bateria, as estruturas de ferro, alegorias e sobras de material não-perecível, que agora faziam parte do patrimônio da agremiação.

O deputado federal Randolfo Bittencourt (PMDB) se prontificou a levar o pleito dos meninos ao governador do Estado, Gilberto Mestrinho, desde que eles encontrassem um terreno adequado e tivessem o apoio declarado da comunidade.

Os meninos do Morro indicaram um terreno pertencente à Mãe Zulmira e colheram 5 mil assinaturas de apoio entre os moradores do bairro.

Em maio de 1984, as negociações entre a ialorixá e o governador tiveram início.

O trabalho do Reino Unido para o carnaval de 1985 teria que começar, no máximo, em agosto, mas somente em julho é que a quadra supostamente do bloco começou a ser construída.

Na verdade, em vez de construir uma quadra para os ensaios do bloco, o governador Gilberto Mestrinho preferiu construir o Colégio Estadual Antonio Bittencourt, para que o bloco utilizasse a referida quadra do colégio como local de ensaios.

Não resolveu o problema dos sambistas, mas graças à iniciativa deles, a comunidade ganhou um novo colégio.

Os meninos do Morro não se intimidaram com mais esse revés.

Em julho do mesmo ano, um grupo de quatro amigos – Bosco Saraiva, Clodoaldo Santos, João Batista e Dona Lenira –, resolveu, embora sem dinheiro, comprar o atual terreno onde hoje está a sede da escola.

Eles tomaram dinheiro emprestado com agiotas, venderam utensílios domésticos, assinaram cheques pré-datados, enfim, foram à luta, e, com muito sacrifício e desprendimento, lograram conquistar seu objetivo.

Acabaram fazendo história por terem sido os primeiros a conseguir, com esforço próprio e sem ajuda de políticos, a primeira quadra de samba própria de Manaus.

Para transformar o sonho em realidade (ou um terreno baldio em uma quadra digna de nome), realizaram um novo mutirão comunitário, com um batalhão de pessoas participando da capinação e da remoção de entulhos.

Para angariar recursos para a compra de cimento, areia, ferro e tijolos, o livro de ouro começou a ser passado entre os comerciantes do bairro.

Com suas habilidades de pedreiro profissional, Carimã, além dos muitos serventes improvisados que lhe auxiliaram como Chico Perneta, Chocolate, Freitas, Xenxén, Donalber e Ismar, entre outros, meteu, literalmente, a mão na massa.

Construiu, em tempo recorde, uma “aguada”, um pequeno muro delimitando o terreno e um palanque de madeira.

Recomeçaram as rodas de samba na nova quadra.


Escolha do samba enredo na primeira quadra do Reino Unido

O carnaval de 1985 foi feito às pressas, com as fantasias sendo confeccionadas no Morro da Liberdade e os carros alegóricos no bairro de Educandos, na quadra da já extinta escola de samba Em Cima da Hora.

Nicéias Magalhães, Taboza, Fiscal, Ismar, Chocolate e Sabá, sob o comando do carnavalesco João Batista, que, como admirador profundo do trabalho do Reino, procurava preencher o vazio deixado por sua escola tão atuante nos carnavais passado, transferindo das cores vermelho, azul e branco, todo o carinho, experiência e conhecimento para as cores verde e branco do Reino Unido, revezaram-se, noite e dia, naquela tarefa hercúlea.

Envolvida da mesma forma, estava Dona Alba, esposa de João Batista, que sem medir esforços, se entregou na confecção das fantasias dos componentes da bateria, além de providenciar uma sopa quentinha, durante a madrugada, para a equipe que auxiliava no acabamento final dos carros alegóricos.

Durante os programas de rádio dedicados ao carnaval amazonenses, os simpatizantes do bloco podiam ouvir, com um misto de orgulho e satisfação, o samba-enredo do Reino Unido, gravado na voz do Aquinzinho do Império Serrano, no lado B de um compacto, que trazia no lado A o samba-enredo da Sem Compromisso.

O Morro levou pra avenida o tema “Levanta e canta, o Reino Unido vai passar”.

Era uma forma carinhosa de exaltar e agradecer o momento mágico proporcionado pelos torcedores da agremiação no ano anterior, quando desceram da arquibancada para acompanhar a evolução do bloco pelo lado de fora do alambrado.

Mais inspirado do que nunca, Bosco Saraiva também foi o responsável por esta pequena obra-prima:



A vida estava triste
A lua chorava para mim
Nem o sol me aquecia
Sem minha alegria era o fim
Aí eu subi a cidade
E o Gigante me abraçou
Neste abraço de euforia
Minha alegria voltou
E esse abraço eu repasso pra vocês
É o Reino Unido abraçando outra vez
Agora que a poesia me invade
Vou sambar com a nossa cidade
Num beijo ardente de emoção
Fruto do meu coração
De rei bobo me vesti
Pular, cantar, sorrir
O Morro roda, é hora de sambar
Levanta e canta que meu amor vai passar

Desfilando com 800 componentes fantasiados de pierrôs, arlequins e colombinas, o Reino Unido realizou um ótimo desfile, com excelente evolução e muita empolgação, fazendo a avenida inteira vibrar durante sua passagem.

Conquistou o primeiro lugar na categoria de bloco de empolgação, mas foi uma conquista pela metade.

Na última hora, o bloco Balaku-Blaku mudou de categoria e desfilou como bloco de enredo.

O Reino Unido da Liberdade não tinha mais concorrentes na referida categoria.

Para Bosco Saraiva, isso era o de menos.

Até então, suas previsões estavam acontecendo de acordo com o script pré-estabelecido.

Em cinco anos, talvez um pouco mais, talvez um pouco menos, o Reino Unido seria o maior bloco de empolgação do país.

Maior até que o Cacique de Ramos, quem sabe.

Só que parte da diretoria não pensava mais assim.

O bloco havia crescido demais, deixara de ser um simples patrimônio do Morro para ser um patrimônio de Manaus.

Novas possibilidades se abriam. Era preciso não interromper essa evolução.

Os antigos moradores, comerciantes, admiradores e participantes assíduos da agremiação, começaram a reivindicar a transformação de bloco de empolgação em escola de samba.

A diretoria rendeu-se à voz do povo.

Em agosto, foi feito uma ampla reunião na quadra com todos os brincantes e simpatizantes da agremiação, e, em assembléia-geral, foi aprovado, quase por unanimidade, a mudança de categoria.

Nascia o Grêmio Recreativo Escola de Samba Reino Unido da Liberdade.



Em setembro de 1985, com a nova estrutura física da quadra sendo refeita, foi definido o tema para o carnaval de 1986: “O teatro apresenta: coisas do Pensador”, sobre a vida e obra do ex-governador Eduardo Gonçalves Ribeiro.

Era o Reino Unido prestando uma justa homenagem ao maranhense que, ao dar um lote de terra devoluta para sua conterrânea Joana Gama, estava, sem saber, contribuindo para o nascimento de uma das comunidades mais festivas, solidárias e alegres de Manaus.

Um ciclo histórico se fechava.

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